sábado, 3 de dezembro de 2011

O ciclo da vida

Hoje passei por mais uma "prova de fogo" em rumo a me tornar um criador de periquitos. Ontem percebi que minha fêmea azul celeste, de dois anos, uma das melhores aves do meu plantel, estava com um ovo pendurado pela cloaca, com uma mucosa grudada na casca. O ovo estava fora do corpo dela, mas colado em uma mebrana, que a fazia sangrar bastante.

Imediatamente levei a bichinha no veterinário. Delicadamente, ele conseguiu remover o ovo e devolver a mucosa ao interior dela. Deu antibiótico e eu trouxe para a acasa, devendo continuar no antibiótico por mais 5 dias. Hoje estava marcado o retorno dela. Como ela não estava comendo e estava jururu, levei correndo, Cheguei lá e o veterinário deu uma injeção de antibiótico no peito dela e mandou eu levar para a casa, dar papinha de filhotes, manter aquecida, isolada e continuar com o antibiótico na água. Pois é, ela morreu no caminho para casa, ainda na gaiola, no carro, ficou se debatando no fundo, deitou e morreu. Quando cheguei aqui e tirei da gaiola já estava esticadinha. É engraçado que eu fico pensando que o que gastei com ela é muito mais do que comprar uma ave nova, mas nada poderia substituir ela. Ela era única.

Confesso que foi um golpe enorme para mim. Era uma ave que eu adorava, uma das minhas primeiras e muito linda. E como eu gosto muito das aves da linha azul ela era a exemplar ideal. Nunca consegui tirar uma cria dela, ela era de humor difícil, não aceitava os machos e até eu, quando ia tratar dela, levava umas bicadinhas. Ela aceitou um macho verde claro, portador de azul e parece que ia, definitivamente, ser mãe. Uma pena, um sonho dela e meu que morreu precocemente....

Ciclo da vida....ou da morte? Ela não me deixou nenhum filhote, sua genética perdeu-se para sempre, mas fica aqui o consolo de que ela, pelo menos, não sente mais dores.

deixou saudades!